terça-feira, dezembro 16, 2008

APITA O ÁRBITRO

46 do segundo tempo e lá vem uma substituição.
Sim, eu sei, ninguém é insubstituível.
Mas é estranho substituir uma história por outra.
É estranho ver que os passos outrora percorridos, da mesma maneira são ocupados por outros pés ao lado dos daqueles que há muito me acompanharam.
Eu não sei explicar. É banal dar abertura para esse tipo de sentimento, afinal, o tempo passa, para todos nós.
Mas ser substituída dói.
Encostada, adormecida, ainda vai.
Mas substituída?
Com coisas importantes jogadas ao léu, esquecidas, encaixotadas, deletadas.
Não sei se é porque eu tenho alguns conceitos diferentes sobre histórias já vividas, lembranças e tudo mais.
Não sei substituir as coisas. Cada uma tem o seu valor e importância. Sua particularidade.
É estranho. Mas quem é normal, né?
Não seria normal se todos pensassem e agissem feito eu.
Mas ainda sim, não entendo o porque de tudo isso.
Não entendo o porque dessa questão toda em me dissipar.
Quem sabe eu tenha sido má, né?
Quem sabe eu tenha sido muito má.
Mas eu ainda não entendo.

quinta-feira, dezembro 04, 2008

Ao ninar-me em teus braços e afagar-me os cabelos
Ao olhar-me nos olhos e respirar em sossego
Ao fazer de mim parte sua, ao fazer de ti parte minha
Ao preocupar-se, ao procurar-me
A tudo isso faz-me sentir viva, respirante.
É como estar de volta à superficie, aliviada.
Respiramos o mesmo ar novamente.
Dividimo-nos, juntamo-nos.
Vivemos.