terça-feira, abril 30, 2013

Parabéns

Foram os dois anos mais doloridos da minha vida.
Mais do que os anos da infância, eu diria.
Porque a dor ainda é latente. Porque as memórias ainda são frescas. Porque eu já aprendi a lidar com a infância, quem sabe.
Mas é incrível o poder de crescimento do ser humano na dor.
Nunca cresci tanto. Nunca aprendi tanto.
A solidão é devastadora e ao mesmo tempo uma das escolas mais eficazes de que já tive conhecimento. De uma rigidez ignorante e de um retorno esplendorosamente reconfortante, recompensador.
É bom poder estufar o peito e dizer que estou muito melhor agora. Que estou e sou mais segura e confiante.
Que experiência incrível é essa de estar sozinho com você mesmo, num ambiente em que não há espaço pra fugas.
Piegas, eu sei, mas me considero uma heroína.
Venci meus medos e provei que sou capaz de andar com minhas próprias pernas.
Um brinde à minha liberdade.
Feliz 2 anos de vida nova pra mim!
;)

sábado, abril 27, 2013

Onde foi mesmo que eu perdi o controle da minha vida?
Maldita hora em que saí da barriga da minha mãe.

sexta-feira, abril 26, 2013

:):

Eu já disse isso aqui outas vezes mas vou repetir: eu adoro reler coisas antigas.
Hoje, vasculhando minhas fotos no Flickr, me deparei com o pensamento abaixo, acompanhado dessa foto.
Incrível como a vida da gente muda.
Isso foi postado há 28 meses.


Impossível colocar aqui todas as cores que já tive, todas as faces que já usei, todos os disfarces que quis ter, toda a alegria que fingi sentir, toda a tristeza que escondi, toda a sinceridade que esbanjei.
O fato é que no fundo, no fundo mesmo, quando me olho assim, de cara lavada, com minha própria cor, ainda me falta um sorriso no rosto, que virá com o tempo, depois que a casa estiver em ordem e eu conseguir finalmente identificar em meio a tantas cores, tantas caras, tantos disfarces, tantas vontades, qual é a minha verdadeira face.

















terça-feira, abril 23, 2013

Tangível

Dentro do peito é só o que consegue sentir.
Tem tudo o que se espera, mas a lacuna é maior.
Nada preenche, nem Deus.
Se imagina como uma alma aprisionada num corpo oco.
O vazio é, de todos os sentimentos, o mais concreto.






terça-feira, abril 16, 2013

Crônica

Aquela dor que nunca sai de você.
Que tá sempre ali, pulsando.
Tem dias que dói mais, outros menos, mas nunca acaba.
Como disse um dia Zeca Baleiro: dor não cura com penicilina.
E mais: "tanto amor em mim como um quebranto. Tanto amor em mim, em ti nem tanto".
Êta vida.


quarta-feira, abril 03, 2013

Enciclopédia

Acho que desaprendi a amar.
Ou talvez nunca tenha aprendido.

Lixeira

Resolvi ler alguns e-mails antigos hoje. Sei lá, tem coisas que são boas de lembrar.
Daí que num determinado momento encontrei dezenas, centenas eu diria, de e-mails enviados a um ex-namorado. Conteúdo: minha AGENDA DO DIA.
Tipo, eu mandava meus horários pro cara: "das 14h às 15h - aula de tal coisa. das 17h às 18h consulta com ortopedista. Vou fazer o exame no laboratório tal. O endereço é esse. Tô indo dormir. Acordei. A outra professora trocou o horário dela comigo, antes eu daria aula às 14h agora só entro às 16h."
Ele tinha o controle de cada passo que eu dava!
Será que esse era o conceito que eu tinha de namoro a distância?
MEU DEUS, como foi que eu deixei isso acontecer comigo?
Tô em choque.

terça-feira, abril 02, 2013

Se fosse possível vomitar as coisas que sinto acho que sofreria de bulimia.