quinta-feira, novembro 03, 2011

Saara

O telefone toca sem parar.
Coço os olhos, pisco algumas vezes e tento ignorar, mas não consigo.
Um amigo de longa data escreve, inconsolável, sobre o último pé na bunda que tomou.
Reclama de ter passado dos 30 anos, agindo como se fosse um adolescente: "logo eu? indo atrás de uma paixãozinha?"
Ele não deveria reclamar disso; não deveria mesmo.
Antes sofrer como adolescente e sentir alguma coisa, do que tornar-se árida como me tornei.