Se te fiz sentir ciúme, perdoa-me.
Não quero dar-te motivos.
Se te fiz desviar-te de mim, desculpa-me.
Não quero teus olhos longe dos meus.
O que aconteceu não me foi importante.
O que me importa são teus abraços, e o carinho que tens pra me dar.
E acredite, as lágrimas que derramei ao falar-te, não foram nada perto das que tu fizeste rolar com aquele teu "eu te amo".
Foram as lágrimas mais lindas que já molharam meu rosto.
Foi a declaração mais sincera que já chegou ao meu coração.
Te agradeço por mostrar-me, desse teu jeito, minha importância na tua história.
Obrigada por marcar a minha história desse jeito.
Eu te amo, meu menino!
segunda-feira, junho 23, 2008
sexta-feira, junho 20, 2008
OUTRA VEZ
Vou repetir o texto, pra que fique bem claro, e pra que não haja nenhum mal-entendido, mesmo depois das explicações:
Eu te amo calada.
Não me perguntes o porque.
Os que me conhecem diriam que endoideci, que não estou em mim.
E de fato não estou.
Estou em nós.
Nos nossos beijos demorados, e no toque da tua mão na minha pele.
Nas fotografias, nas dúvidas e respostas.
Estou nesse bem-querer que me toma o peito cada vez que te escuto falar.
Mas eu me calo.
Não consigo te olhar nos olhos e dizer de verdade o que tu me provocas.
Esse furor de sentimentos indefinidos que brotam seguros em desenvolver-se.
O fato, garoto, é que eu te amo.
Não só pelo que você é, mas pelo que estas me ensinando a ser.
Eu te amo calada.
Não me perguntes o porque.
Os que me conhecem diriam que endoideci, que não estou em mim.
E de fato não estou.
Estou em nós.
Nos nossos beijos demorados, e no toque da tua mão na minha pele.
Nas fotografias, nas dúvidas e respostas.
Estou nesse bem-querer que me toma o peito cada vez que te escuto falar.
Mas eu me calo.
Não consigo te olhar nos olhos e dizer de verdade o que tu me provocas.
Esse furor de sentimentos indefinidos que brotam seguros em desenvolver-se.
O fato, garoto, é que eu te amo.
Não só pelo que você é, mas pelo que estas me ensinando a ser.
terça-feira, junho 17, 2008
ONTEM
Eu ontem me lembrei de você.
Mas não se engane: nada de muito novo, sentimentalmente falando.
O mesmo desprezo, o mesmo revirar no estômago ao lembrar-me do teu cheiro.
A mesma sensação de vazio ao olhar a cama.
O mesmo alívio ao pensar que nunca mais pisarás teu pés nos meus tapetes.
Lembrar-me de ti fez-me respirar prazerosamente feliz.
Fez-me amar-me um pouco mais, e preocupar-me um pouco menos.
Lembrar-me de ti me fez ter certeza de que o pior já passou.
Foi embora pra capital junto contigo e com aquele avião.
E que agora, tudo é calmaria, e que a minha vida é bem melhor assim.
Contigo longe, bem longe de mim.
Mas não se engane: nada de muito novo, sentimentalmente falando.
O mesmo desprezo, o mesmo revirar no estômago ao lembrar-me do teu cheiro.
A mesma sensação de vazio ao olhar a cama.
O mesmo alívio ao pensar que nunca mais pisarás teu pés nos meus tapetes.
Lembrar-me de ti fez-me respirar prazerosamente feliz.
Fez-me amar-me um pouco mais, e preocupar-me um pouco menos.
Lembrar-me de ti me fez ter certeza de que o pior já passou.
Foi embora pra capital junto contigo e com aquele avião.
E que agora, tudo é calmaria, e que a minha vida é bem melhor assim.
Contigo longe, bem longe de mim.
terça-feira, junho 03, 2008
domingo, junho 01, 2008
O MENINO QUE NÃO SABIA AMAR
Postava-se à janela todos os dias ao cair da noite. Os olhos fixos no horizonte.
O céu cor de fogo apagava-se lentamente no mar.
As luzes acendiam-se por toda a rua, e sobre sua cabeça acendiam-se também centenas, milhares de pontos que piscavam lá no alto, grudadas no imenso fundo breu infinito.
As ondas deslisavam baixinhas, salgando os pés dos que amavam.
Mãos entrelaçadas desfilavam, acompanhadas de sorrisos e declarações apaixonadas.
Não entendia como aquilo funcioava. Nunca conhecera alguém capaz de despertar-lhe o desejo de molhar os pés no mar, a não ser o próprio mar.
Foi nesse dia que seus olhos encontraram os dela. Escuros como o céu daquela noite.
Fitaram-se por longos minutos.
Ela cantava. Era como se só aquela voz fosse ouvida, transformando qualquer barulho em burburinho.
Pensou duas vezes antes de correr para encontrá-la. E foi.
Descalço, atravessou a rua sem desviar os olhos dela; sem deixar de seduzur-se pelo encanto daquela voz.
Quando se aproximou ela sorriu e caminhou em direção ao mar. Seguiu-a com os olhos e depois com os pés, que agora tocavam a areia.
Ensaiava algumas palavras, mas a música que saia daqueles lábios era melhor do que qualquer conversa.
E, de repente, sentiu a imensidão do sal tocar-lhe suavimente os pés. O coração disparou. Entendeu agora porque os amantes salgavam-se ao luar.
Quando deu por si, o mar cobria-lhe ate a cintura.
Chorava de felicidade. E continuava seguindo a voz daquela dos olhos cor da noite.
Sentia agora o sal na língua. Os pés não alcançavam mais o fundo. A voz começou a sumir lentamente.
Olhou para as estrelas que continuavam piscando sobre sua cabeça e deixou-se levar.
Afogou-se na imensidão e a única imagem que tinha em sua mente era a visão inebriante daqueles olhos.
A canção misturava-se ao chacoalhar das ondas sobre sua cabeça até que tudo escureceu.
E foi nesse dia que o menino que não sabia amar conheceu Iara.
(Usofruto poético e adaptação da lenda indígena A Iara.)
(Ao som de: O pescador e a Sereia - Felixbravo)
O céu cor de fogo apagava-se lentamente no mar.
As luzes acendiam-se por toda a rua, e sobre sua cabeça acendiam-se também centenas, milhares de pontos que piscavam lá no alto, grudadas no imenso fundo breu infinito.
As ondas deslisavam baixinhas, salgando os pés dos que amavam.
Mãos entrelaçadas desfilavam, acompanhadas de sorrisos e declarações apaixonadas.
Não entendia como aquilo funcioava. Nunca conhecera alguém capaz de despertar-lhe o desejo de molhar os pés no mar, a não ser o próprio mar.
Foi nesse dia que seus olhos encontraram os dela. Escuros como o céu daquela noite.
Fitaram-se por longos minutos.
Ela cantava. Era como se só aquela voz fosse ouvida, transformando qualquer barulho em burburinho.
Pensou duas vezes antes de correr para encontrá-la. E foi.
Descalço, atravessou a rua sem desviar os olhos dela; sem deixar de seduzur-se pelo encanto daquela voz.
Quando se aproximou ela sorriu e caminhou em direção ao mar. Seguiu-a com os olhos e depois com os pés, que agora tocavam a areia.
Ensaiava algumas palavras, mas a música que saia daqueles lábios era melhor do que qualquer conversa.
E, de repente, sentiu a imensidão do sal tocar-lhe suavimente os pés. O coração disparou. Entendeu agora porque os amantes salgavam-se ao luar.
Quando deu por si, o mar cobria-lhe ate a cintura.
Chorava de felicidade. E continuava seguindo a voz daquela dos olhos cor da noite.
Sentia agora o sal na língua. Os pés não alcançavam mais o fundo. A voz começou a sumir lentamente.
Olhou para as estrelas que continuavam piscando sobre sua cabeça e deixou-se levar.
Afogou-se na imensidão e a única imagem que tinha em sua mente era a visão inebriante daqueles olhos.
A canção misturava-se ao chacoalhar das ondas sobre sua cabeça até que tudo escureceu.
E foi nesse dia que o menino que não sabia amar conheceu Iara.
(Usofruto poético e adaptação da lenda indígena A Iara.)
(Ao som de: O pescador e a Sereia - Felixbravo)
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