
domingo, maio 29, 2011
Soledad

domingo, maio 22, 2011
Pra terminar ele diz:
"Você só me decepcionou, desde o começo. Ela não, ela mereceu que eu escrevesse aquelas palavras lindas. Com ela foi tudo diferente. Você acha que você merecia? Se você tem inveja dela, o problema é seu."
Depois de fechar a porta começou a juntar os caquinhos do coração.
E está lá, juntando-os até agora.
"Você só me decepcionou, desde o começo. Ela não, ela mereceu que eu escrevesse aquelas palavras lindas. Com ela foi tudo diferente. Você acha que você merecia? Se você tem inveja dela, o problema é seu."
Depois de fechar a porta começou a juntar os caquinhos do coração.
E está lá, juntando-os até agora.
terça-feira, maio 17, 2011
Indiferença
De tudo o que dói, a indiferença é a que dói mais.
Mais que chute na canela, cortar a mão com papel, prender o dedo na porta.
Eu esperava alguma reação, um xingamento que fosse, uma frase sofrida dizendo que estava decepcionado, que não tinha mais jeito, mas ao contrário; toda vez que vou lá encontro o vazio estático do mês retrasado.
O curioso é que há algum tempo, o que se via eram relatos que expunham minhas feridas e imperfeições, como se fosse prazeroso ver a deficiência alheia vir a público. E agora nada.
Antigamente, exitia a tentativa de retomar com outrém uma vida harmonica e cheia de paixão, e por essa razão, escrevia-se coisas lindas sobre como ela era perfeita, sobre como a vida com ela era boa e tinha tudo para dar certo. "Foi minha última tentativa", dizia.
Eu não ganhei nada disso. Ao contrário: de coisas boas só sobraram as memórias mesmo, porque relatos, pra que né? Ninguém precisa saber que eu tenho coisas boas, só as ruins merecem ser jogadas ao vento para se espalharem por aí.
E enquanto eu venho aqui melindrar e chorar a tristeza do meu peito, tenho que lidar com a indiferença, com o não fazer questão, com o passado com ela exposto da forma mais linda, e o passado comigo inundado de rancor e desprezo.
E eu não sei porque ainda me preocupo.
Deve ser a vontade de ser melhor e não conseguir.
Deve ser a frustração de querer ser o que não se pode ser.
Deve ser a inveja velada que eu tenho do amor que não pude ter.
E as lagrimas escorrem sem medo.
Mais que chute na canela, cortar a mão com papel, prender o dedo na porta.
Eu esperava alguma reação, um xingamento que fosse, uma frase sofrida dizendo que estava decepcionado, que não tinha mais jeito, mas ao contrário; toda vez que vou lá encontro o vazio estático do mês retrasado.
O curioso é que há algum tempo, o que se via eram relatos que expunham minhas feridas e imperfeições, como se fosse prazeroso ver a deficiência alheia vir a público. E agora nada.
Antigamente, exitia a tentativa de retomar com outrém uma vida harmonica e cheia de paixão, e por essa razão, escrevia-se coisas lindas sobre como ela era perfeita, sobre como a vida com ela era boa e tinha tudo para dar certo. "Foi minha última tentativa", dizia.
Eu não ganhei nada disso. Ao contrário: de coisas boas só sobraram as memórias mesmo, porque relatos, pra que né? Ninguém precisa saber que eu tenho coisas boas, só as ruins merecem ser jogadas ao vento para se espalharem por aí.
E enquanto eu venho aqui melindrar e chorar a tristeza do meu peito, tenho que lidar com a indiferença, com o não fazer questão, com o passado com ela exposto da forma mais linda, e o passado comigo inundado de rancor e desprezo.
E eu não sei porque ainda me preocupo.
Deve ser a vontade de ser melhor e não conseguir.
Deve ser a frustração de querer ser o que não se pode ser.
Deve ser a inveja velada que eu tenho do amor que não pude ter.
E as lagrimas escorrem sem medo.
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