segunda-feira, novembro 26, 2012

À esquizofrenia, com amor

Ouço o mesmo disco tem algumas semanas.
Já decorei todas as músicas e quase todos os acordes.
Tenho colocado as canções como trilha dum filme que estou criando em minha cabeça, com cenas que nunca aconteceram - e possivelmente não acontecerão - onde vivo numa cidade que não conheço, com pessoas que nunca vi.
Mas o frio na barriga que sinto quando olho nos olhos dele é tão real que, às vezes, queria não acordar dessa fantasia, só pra sentir esse ardor no peito outra vez.
Tem vezes que a ilusão é o resgate de uma realidade dolorosa e solitária.
O dia hoje está cinza, como meu coração e meus sentimentos.
Anseio por um verão ensolarado, onde a brisa que toca meus cabelos seja semelhante ao toque quente das tuas mãos no meu rosto.
O triste é saber que dedico esse texto a algo sem forma nem existência.
Que tristeza viver e não estar viva.

3 comentários:

Fabíola Amaral disse...

Amiga que texto lindo. Que dor no peito. Nossa cara!

Fabiana Baioni disse...

É a nossa cara mesmo né?
Desde quando? 1990? haha
Ai ai...tão bom saber que tenho você nessa vida doida.
Te amo!

Antonia disse...

às vezes acredito que é muita dor, pra uma vida só.
O coração humano deveria poder respirar com mais leveza; quando nos faltasse o ar, que fosse por espanto de algo inesperado, mas algo bom.