As palavras entaladas na garganta me dão nauseas.
Acho que se encostares em mim agora, vomito todas elas em ti.
Logo, não me toques.
Nem agora, nem tão cedo.
Não quero sujar-te com meus devaneios.
Também não quero que os conheça.
Este escarro de transtornos me pertence.
Me permitirei continuar assim pelas próximas horas.
Até empapá-las de saliva, e empurrá-las goela abaixo.
Depois de digeri-las, aí sim, quem sabe, te arroto o que sobrou.
Aí tu ficas livre para interpretá-las, à francesa, se quiseres.
sábado, maio 31, 2008
sexta-feira, maio 30, 2008
ABSTRACT MIND
Evito fechar os olhos.
Tenho medo, falta de vontade.
Não quero pensar, nem ter que lutar contra os pensamentos.
Nem quero fazer planos.
E também não sei o que quero.
Se eu quero.
Quem eu quero eu sei.
E só.Será que só?
Não quero saber.
Tenho medo, falta de vontade.
Não quero pensar, nem ter que lutar contra os pensamentos.
Nem quero fazer planos.
E também não sei o que quero.
Se eu quero.
Quem eu quero eu sei.
E só.Será que só?
Não quero saber.
segunda-feira, maio 26, 2008
Entenda.
O que aconteceu não é o problema.
Estava mais do que na cara que, cedo ou tarde, tua boca encontraria a minha.
Era uma questão de tempo, e uma pitadinha de sorte.
O problema agora é como lidar com a falta disso.
A vontade do cheiro. O desejo do gosto. A saudade do toque.
Se fosse fácil esquecer e dizer que passou, assim o faria.
Tudo para manter a cabeça e o coração em paz.
Se deitar a cabeça no travesseiro e dormir sem acordar fosse fácil, assim o faria.
Mas até meus sonhos se resumem ao calor do teu abraço.
E a culpa de não poder, e a vontade de fazer, e a raiva do desencontro.
Nada disso é fácil de manter sob controle.
Tudo isso, eu diria, é apenas a ponta do iceberg que causaste em mim.
Devo te assustar com tudo isso.
A verdade é que a culpa é do tempo.
Que cruzou teu caminho com o meu na hora errada.
Ou cruzou o caminho dele com o meu, e o dela com o teu, na hora mais errada ainda.
E agora que corro dentro da minha própria mente pra tentar te salvar de mim e de ti,
Vejo que é impossível te esconder, me esconder.
E que, ao que parece, estamos fadados a nos encontrar, de uma forma ou de outra.
Seja nos teus sonhos, nos meus sonhos, ou nos nossos beijos no meio da rua.
E a questão é que eu quero te encontrar, podendo ou não, sendo certo ou não.
E que se for pra correr, eu escolherei correr ao teu encontro, e não de ti.
(baseado no filme: Eternal Sunshine Of The Spotless Mind)
O que aconteceu não é o problema.
Estava mais do que na cara que, cedo ou tarde, tua boca encontraria a minha.
Era uma questão de tempo, e uma pitadinha de sorte.
O problema agora é como lidar com a falta disso.
A vontade do cheiro. O desejo do gosto. A saudade do toque.
Se fosse fácil esquecer e dizer que passou, assim o faria.
Tudo para manter a cabeça e o coração em paz.
Se deitar a cabeça no travesseiro e dormir sem acordar fosse fácil, assim o faria.
Mas até meus sonhos se resumem ao calor do teu abraço.
E a culpa de não poder, e a vontade de fazer, e a raiva do desencontro.
Nada disso é fácil de manter sob controle.
Tudo isso, eu diria, é apenas a ponta do iceberg que causaste em mim.
Devo te assustar com tudo isso.
A verdade é que a culpa é do tempo.
Que cruzou teu caminho com o meu na hora errada.
Ou cruzou o caminho dele com o meu, e o dela com o teu, na hora mais errada ainda.
E agora que corro dentro da minha própria mente pra tentar te salvar de mim e de ti,
Vejo que é impossível te esconder, me esconder.
E que, ao que parece, estamos fadados a nos encontrar, de uma forma ou de outra.
Seja nos teus sonhos, nos meus sonhos, ou nos nossos beijos no meio da rua.
E a questão é que eu quero te encontrar, podendo ou não, sendo certo ou não.
E que se for pra correr, eu escolherei correr ao teu encontro, e não de ti.
(baseado no filme: Eternal Sunshine Of The Spotless Mind)
sexta-feira, maio 16, 2008
NATUREZA MORTA
De tanto pensar, penso agora em não mais pensar.
Deixo-me levar apenas pelas circunstâncias.
Permito-me ser como pólen conduzido pelo vento.
E na primeira flor em que eu parar, farei ali meu recanto.
Seja para crescer ou putrefar.
E como o pólen que é levado pelo vento jamais volta ao mesmo lugar,
Assim eu também não mais voltarei.
E como orvalho chorado da manhã, assim serão minhas lágrimas na hora de ir.
Até nascer o Sol, que com seu abraço quente seca o orvalho e também meu choro.
Até o cair da noite, pra que a Lua venha pratear meus pensamentos, que outrora deixei de pensar.
Deixo-me levar apenas pelas circunstâncias.
Permito-me ser como pólen conduzido pelo vento.
E na primeira flor em que eu parar, farei ali meu recanto.
Seja para crescer ou putrefar.
E como o pólen que é levado pelo vento jamais volta ao mesmo lugar,
Assim eu também não mais voltarei.
E como orvalho chorado da manhã, assim serão minhas lágrimas na hora de ir.
Até nascer o Sol, que com seu abraço quente seca o orvalho e também meu choro.
Até o cair da noite, pra que a Lua venha pratear meus pensamentos, que outrora deixei de pensar.
quarta-feira, maio 07, 2008
domingo, maio 04, 2008
AINDA
Ainda não esqueci o gosto que tua boca deixou na minha, na última vez em que cruzamos nossos olhos.
O calor da tua mão na minha nuca é o que ainda me aquece quando os cobertores não são suficientes.
As lágrimas que derramamos naquela despedida ainda se fazem poesia quando minha mente quer fugir da realidade.
Ainda ouço os sinos badalando e embalando nossas noites.
E toda vez que aquela música me toca os ouvidos, ainda sinto dentro do peito o coração acelerar.
Ninguém entenderia se eu dissesse que ainda te amo.
Ninguém me apoiaria se eu saísse daqui agora a te procurar pra te dizer que ainda te quero.
Mas esses, esses ainda não sentiram as pernas tremerem ao vapor de uma respiração. Nem confiaram o suficiente quando tinham seus olhos vendados.
Ainda não deixaram pra trás uma vida; ainda nao quiseram verdadeiramente viver outra vida.
Eu ainda vou viver muita coisa. Coisas que tu ainda não me ensinastes a viver.
Mas, se me perguntassem hoje o que eu ainda espero dessa vida,
Eu diria que pra essa e pra qualquer outra vida, eu ainda espero te reencontrar.
(baseado no filme: Sweet November)
O calor da tua mão na minha nuca é o que ainda me aquece quando os cobertores não são suficientes.
As lágrimas que derramamos naquela despedida ainda se fazem poesia quando minha mente quer fugir da realidade.
Ainda ouço os sinos badalando e embalando nossas noites.
E toda vez que aquela música me toca os ouvidos, ainda sinto dentro do peito o coração acelerar.
Ninguém entenderia se eu dissesse que ainda te amo.
Ninguém me apoiaria se eu saísse daqui agora a te procurar pra te dizer que ainda te quero.
Mas esses, esses ainda não sentiram as pernas tremerem ao vapor de uma respiração. Nem confiaram o suficiente quando tinham seus olhos vendados.
Ainda não deixaram pra trás uma vida; ainda nao quiseram verdadeiramente viver outra vida.
Eu ainda vou viver muita coisa. Coisas que tu ainda não me ensinastes a viver.
Mas, se me perguntassem hoje o que eu ainda espero dessa vida,
Eu diria que pra essa e pra qualquer outra vida, eu ainda espero te reencontrar.
(baseado no filme: Sweet November)
sexta-feira, maio 02, 2008
*
Estou cansada das tuas amarras.
Estou farta desse teu falso moralismo, dessa tua "preocupação".
Não queres é perder o controle sobre mim.
Não queres deixar de ter alguem pra mandar.
Mas eu cansei de baixar a cabeça pras tuas ordens.
Cansei de esperar o momento certo.
Vou-me embora daqui.
Vou em busca da minha paz.
Pra que eu possa pelo menos domir tranqüila.
Pra que eu possa, pelo menos, ter a consciência limpa de que não vou matar nem a mim, e nem a ti.
Estou farta desse teu falso moralismo, dessa tua "preocupação".
Não queres é perder o controle sobre mim.
Não queres deixar de ter alguem pra mandar.
Mas eu cansei de baixar a cabeça pras tuas ordens.
Cansei de esperar o momento certo.
Vou-me embora daqui.
Vou em busca da minha paz.
Pra que eu possa pelo menos domir tranqüila.
Pra que eu possa, pelo menos, ter a consciência limpa de que não vou matar nem a mim, e nem a ti.
SOMOS NÓS? NÓS SOMOS!
Somos como um tiro que saiu pela culatra.
Uma fórmula que não deu certo.
Você é a ponderação e eu o exagero.
Você é obsessão, eu sou liberdade.
Eu sou arte, você é ciência.
Somos como açúcar e sal, azedo e amargo.
Preto e branco, chuva e sol.
Somos Ying e Yang, Deus e o Diabo.
Nosso amor é como todos os outros.
Um tanto mais intenso, um tanto mais febril.
E eu não tenho antídoto pra tua cólera.
Mas a verdade é que somos chave e fechadura.
Por mais que tu não sejas a fechadura da qual minha chave pertença.
Somos opostos que se atraem.
Quanto mais eu fujo, mais tu me queres por perto.
Quanto mais tu me cuidas, mais quero ser desvelada.
Mas uma não existe sem a outra. E se fosse diferente, ainda assim daríamos nosso jeito de salgar-nos com nossas lágrimas doloridas e nosso peito contrariado.
O que eu quero que entendas é que não deixo de te amar. E que jamais, em memento algum, vou duvidar do teu amor.
O fato é que já não caibo mais em tuas asas, e confesso que aprendi tarde demais a correr pro teu abrigo.
Mas sou feliz assim. Não penses que não.
Porque eu sei que quanto mais tu és minha mãe, mais filha tua eu sou.
Uma fórmula que não deu certo.
Você é a ponderação e eu o exagero.
Você é obsessão, eu sou liberdade.
Eu sou arte, você é ciência.
Somos como açúcar e sal, azedo e amargo.
Preto e branco, chuva e sol.
Somos Ying e Yang, Deus e o Diabo.
Nosso amor é como todos os outros.
Um tanto mais intenso, um tanto mais febril.
E eu não tenho antídoto pra tua cólera.
Mas a verdade é que somos chave e fechadura.
Por mais que tu não sejas a fechadura da qual minha chave pertença.
Somos opostos que se atraem.
Quanto mais eu fujo, mais tu me queres por perto.
Quanto mais tu me cuidas, mais quero ser desvelada.
Mas uma não existe sem a outra. E se fosse diferente, ainda assim daríamos nosso jeito de salgar-nos com nossas lágrimas doloridas e nosso peito contrariado.
O que eu quero que entendas é que não deixo de te amar. E que jamais, em memento algum, vou duvidar do teu amor.
O fato é que já não caibo mais em tuas asas, e confesso que aprendi tarde demais a correr pro teu abrigo.
Mas sou feliz assim. Não penses que não.
Porque eu sei que quanto mais tu és minha mãe, mais filha tua eu sou.
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