domingo, maio 04, 2008

AINDA

Ainda não esqueci o gosto que tua boca deixou na minha, na última vez em que cruzamos nossos olhos.
O calor da tua mão na minha nuca é o que ainda me aquece quando os cobertores não são suficientes.
As lágrimas que derramamos naquela despedida ainda se fazem poesia quando minha mente quer fugir da realidade.
Ainda ouço os sinos badalando e embalando nossas noites.
E toda vez que aquela música me toca os ouvidos, ainda sinto dentro do peito o coração acelerar.
Ninguém entenderia se eu dissesse que ainda te amo.
Ninguém me apoiaria se eu saísse daqui agora a te procurar pra te dizer que ainda te quero.
Mas esses, esses ainda não sentiram as pernas tremerem ao vapor de uma respiração. Nem confiaram o suficiente quando tinham seus olhos vendados.
Ainda não deixaram pra trás uma vida; ainda nao quiseram verdadeiramente viver outra vida.
Eu ainda vou viver muita coisa. Coisas que tu ainda não me ensinastes a viver.
Mas, se me perguntassem hoje o que eu ainda espero dessa vida,
Eu diria que pra essa e pra qualquer outra vida, eu ainda espero te reencontrar.

(baseado no filme: Sweet November)

3 comentários:

Juliana Bastos disse...

cheguei.
gostaria de poder escrever algo que te ajudasse ou que fosse gostoso de ler, mas meu cérebro foi sugado hoje.
desculpa.

beijo.

Vitor Moraes disse...

bonito.
=)

Fátima disse...

Desta vida eu não levarei nada, mas ao envelhecer quero lembrar de teus olhos e como fui feliz ao seu lado. Desta vida eu não levarei nada, só a saudade que sinto de ti.