Entenda.
O que aconteceu não é o problema.
Estava mais do que na cara que, cedo ou tarde, tua boca encontraria a minha.
Era uma questão de tempo, e uma pitadinha de sorte.
O problema agora é como lidar com a falta disso.
A vontade do cheiro. O desejo do gosto. A saudade do toque.
Se fosse fácil esquecer e dizer que passou, assim o faria.
Tudo para manter a cabeça e o coração em paz.
Se deitar a cabeça no travesseiro e dormir sem acordar fosse fácil, assim o faria.
Mas até meus sonhos se resumem ao calor do teu abraço.
E a culpa de não poder, e a vontade de fazer, e a raiva do desencontro.
Nada disso é fácil de manter sob controle.
Tudo isso, eu diria, é apenas a ponta do iceberg que causaste em mim.
Devo te assustar com tudo isso.
A verdade é que a culpa é do tempo.
Que cruzou teu caminho com o meu na hora errada.
Ou cruzou o caminho dele com o meu, e o dela com o teu, na hora mais errada ainda.
E agora que corro dentro da minha própria mente pra tentar te salvar de mim e de ti,
Vejo que é impossível te esconder, me esconder.
E que, ao que parece, estamos fadados a nos encontrar, de uma forma ou de outra.
Seja nos teus sonhos, nos meus sonhos, ou nos nossos beijos no meio da rua.
E a questão é que eu quero te encontrar, podendo ou não, sendo certo ou não.
E que se for pra correr, eu escolherei correr ao teu encontro, e não de ti.
(baseado no filme: Eternal Sunshine Of The Spotless Mind)
Um comentário:
Você é a primeira pessoa no mundo que eu encontro que também gostou desse filme... =]
Mas ok, eu já tinha gostado dos textos do blog antes disso.
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