terça-feira, dezembro 04, 2012

Block


"Eu tenho um grito entalado na garganta."
Foi isso que escrevi aqui no blog no dia 25/01/11 e, obviamente, não publiquei.
Que bom saber que fiz as escolhas certas.
Como é bom saber que excluí as pessoas certas da minha vida.

segunda-feira, novembro 26, 2012

À esquizofrenia, com amor

Ouço o mesmo disco tem algumas semanas.
Já decorei todas as músicas e quase todos os acordes.
Tenho colocado as canções como trilha dum filme que estou criando em minha cabeça, com cenas que nunca aconteceram - e possivelmente não acontecerão - onde vivo numa cidade que não conheço, com pessoas que nunca vi.
Mas o frio na barriga que sinto quando olho nos olhos dele é tão real que, às vezes, queria não acordar dessa fantasia, só pra sentir esse ardor no peito outra vez.
Tem vezes que a ilusão é o resgate de uma realidade dolorosa e solitária.
O dia hoje está cinza, como meu coração e meus sentimentos.
Anseio por um verão ensolarado, onde a brisa que toca meus cabelos seja semelhante ao toque quente das tuas mãos no meu rosto.
O triste é saber que dedico esse texto a algo sem forma nem existência.
Que tristeza viver e não estar viva.

terça-feira, outubro 02, 2012

Chiclete de Coração

A vida está passando.
E quando eu digo passando, não me refiro exatamente ao tempo ou aos dias e sim, ao fato de que as coisas têm acontecido, pessoas têm partido e tantas outras têm ficado, as vezes, completamente sem sentido de existir em outras vidas.
As vidas estão passando e os corações cada vez mais despedaçados, cheios de outros pedaços grudados de corações partidos que ficaram lá atrás, numa história distante.
E como são reconfortantes esses pedaços de coração né? Nenhum deles foi teu de verdade, mas tapam os buracos, os rombos no peito que aquele coração deixou.

E daí as lembranças invadem a mente e escorrem pelos olhos. Como é bom lembrar o passado, reviver aquele abraço apertado ou aquele beijo que só existiu dentro da cebeça fantasiosa.

Ao que parece, essa nostalgia precede um dos momentos mais doloridos pelos quais já passei, que é aquela faxina das boas no coração. É como tirar vários pedaços de chiclete grudados debaixo do banco. Você vem com uma espátula e, um a um, cuidadosamente vai tirando chiclete por chiclete, coraçâo por coração debaixo do banco. Uns saem fácil, outros arrancam uma lasca de tinta e a levam embora. O banco nunca mais será o mesmo.

Estou na fase de arrancar corações-chiclete que ficaram grudados no meu banco. Eles ocupam espaço, são desconfortáveis e sem nenhuma utilidade.

Hoje arranquei um chicletão daqui. Achei que ele fosse morrer comigo, mas não. Demorou pra sair e levou com ele uma lasca gigante do meu coração. Sei que agora meu coração-banco não será mais o mesmo. Inclusive acho que, muito provavelmente, nenhum outro chiclete será mais grudado por aqui.

Mas as lembranças ficarão. Todas elas servem pra me mostrar o quão feliz eu sou hoje, e o quanto meu coração está leve, prontinho pra uma reforma daquelas pra receber, quem sabe, um novo amor.

quinta-feira, agosto 16, 2012

éle ê éle é

Eu poderia fazer uma lista considerável das pessoas que já passaram pela minha vida.
Fui sim uma mulher de muitos 'amores' e afirmo sem medo ou vergonha que já me apaixonei demais e que me permitirei apaixonar quantas vezes forem necessárias.
Mas de todas as minhas paixões você foi o único amor que só me deixou boas lembranças.
O único de sotaque inconfundível, do sorriso mais escancarado, da intimidade assustadora.
Você foi meu maior sonho e pra quem eu escrevi os textos mais emocionados.
Lembro-me como se fosse hoje da primeira vez que ouvi tua voz me dizendo "eu te amo". Eu ri e chorei meio descontrolada ao outro lado do telefone. No outro dia teu pai já dizia que eu seria tua mulher.
Conheci tua família, teus amigos e você estava presente em todos os segundos dos meus dias.
Quando você foi pra longe eu só queria que a distância entre nós fosse de três quadras e não três mil quilômetros e jamais imaginaria que esses três mil quilômetros virariam três milhões; que seu coração se perderia do meu.
Hoje estamos mais perto do que nunca estivemos antes e ao mesmo tempo separados por uma distância infinita protegida por duas muralhas idênticas.
E eu fui para vários cantos e continuo aqui, guardando as lembranças da nossa última conversa: você dizendo que me amaria até o último dos seus dias, independente desse país das maravilhas.
E pensar que eu nunca te toquei.
E pensar que meu coração é mais teu hoje do que jamais foi de ninguém.

quarta-feira, julho 18, 2012

FAQ

Reclamar da vida não é refletir. É ter preguiça de mudar o que está errado e botar a culpa da sua mediocridade nos outros.

segunda-feira, abril 23, 2012

O jeito é por a máscara, sair pra rua e fingir que é feliz.

terça-feira, março 06, 2012

Depois do telefonema eu choro sem fim.
É um lapso, eu sei, mas é um lapso de um telefonema que não deveria ter existido, de uma mensagem que não deveria ter sido enviada e mais ainda, não deveria ter sido respondida.
Quando se ama demais qualquer motivo é motivo de se desesperar, de perder o controle.
Foi hoje assim comigo.
Uma simples mensagem e meia hora depois lá estava eu, pedindo, humilhantemente, por um pouco de companhia, de contato, de atenção.
E por mais que ele diga que não me rejeitou, o sentimento que fica é esse.
Ele disse que titubeou umas 10x, pegou a chave do carro com uma mão e tirou com a outra, boicotando o encontro.
Enquanto eu fico aqui, feito uma otária esperando o interfone tocar, na esperança de que ele seja tão desequilibrado quanto eu e bata à minha porta.
E depois eu reclamo de ter sido feita de idiota.
O amor só é imprudente assim pra você, Fabiana.
Só pra você. Pros outros não.

terça-feira, fevereiro 28, 2012

That awkward moment when you realize that cry a river won't change the stupid things you have done in your stupid life


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terça-feira, fevereiro 07, 2012

Curva

Aquela falsa surpresa de se decepcionar com alguém.
Porque diabos é tão difícil assumir que a história toda estava fadada ao fracasso?
Qual o problema de peitar o problema e dizer que não tem solução?
Onde está a parte difícil do pensar antes de fazer qualquer escolha?

Hoje, eu mais uma vez me decepcionei com o passado.
E depois tem gente que não entende porque eu faço questão de enterrar tudo.
A mediocridade das pessoas me dá náuseas.
O fingimento também, e ainda mais as máscaras e a mudança de discurso.

Mas é como eu disse esses tempos aí: "a recompensa de tudo isso é o alívio".
Agradeço por não ter mais que passar por esse tipo de constrangimento.
E torço, com toda minha força, pra que o passado entenda que o que ficou lá atrás, naquela curva, não tem a menor chance de me alcançar.

Já passou da hora de ligar o botão do move on e seguir adiante.
#ficadica




segunda-feira, janeiro 30, 2012

Fronteira

"É logo ali", respondeu o senhor de cabelos brancos apontando para uma linha ultrafina pintada no chão.
Ao lado da linha uma placa indicava: Cruzamento perigoso. Fronteira entre os estados de Autopreservação e Tragédia Anunciada.
É, tem coisas que só a maturidade é capaz de mostrar.