De tanto pensar, penso agora em não mais pensar.
Deixo-me levar apenas pelas circunstâncias.
Permito-me ser como pólen conduzido pelo vento.
E na primeira flor em que eu parar, farei ali meu recanto.
Seja para crescer ou putrefar.
E como o pólen que é levado pelo vento jamais volta ao mesmo lugar,
Assim eu também não mais voltarei.
E como orvalho chorado da manhã, assim serão minhas lágrimas na hora de ir.
Até nascer o Sol, que com seu abraço quente seca o orvalho e também meu choro.
Até o cair da noite, pra que a Lua venha pratear meus pensamentos, que outrora deixei de pensar.
Um comentário:
Cansaço...
Apenas isso...
Talvez passe...
Talvez não sja o caso
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