quinta-feira, abril 17, 2008

MORENA FLOR

Tu te concentras nos pontos errados.
Desvias teus olhos dos dela e a desabraças, quando na verdade tu a deverias segurar junto a ti e encará-la.
É tudo uma questão de foco.
E te digo mais: até aqui deves ser compositor.
Se existem regras para isso?
Não, não há.
Mas certos pontos deveriam ser encarados por ti como premissas.
Não basta para ela ser rainha por duas ou três horas.
Rainhas são perenes.
Como as abelhas.
Tu deverias compreender.
E se a música te é assim tão importante, faça daquela tatuagem uma canção.
Tu te garantirias assim, exclusividade.
Não que de certa forma tu já não a tenhas toda para ti.
Acredito que tu sejas dono da maior parte daquele coração.
Mas tu te concentras nos pontos errados.
Tu deverias te fazer presente ainda quando estão distantes.
E eu te entenderia se me dissesses que é dessa maneira que preferes lidar.
Mas aquela morena já é flor desabrochada.
Se tu te mantiveres por muito distânte, perderás o melhor do perfume, e quando regressares, já não encontrarás mais no toque as pétalas.
Terão ido-se ao chão.
Tu deverias levá-la a tira-colo.
Porque enquanto tu te ausentas pela noite, os vagalumes pra ela vêm brilhar.
E se tu não te cuidares, joão-de-barro, não será na tua casa que ela irá morar.

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