sexta-feira, maio 02, 2008

SOMOS NÓS? NÓS SOMOS!

Somos como um tiro que saiu pela culatra.
Uma fórmula que não deu certo.
Você é a ponderação e eu o exagero.
Você é obsessão, eu sou liberdade.
Eu sou arte, você é ciência.
Somos como açúcar e sal, azedo e amargo.
Preto e branco, chuva e sol.
Somos Ying e Yang, Deus e o Diabo.
Nosso amor é como todos os outros.
Um tanto mais intenso, um tanto mais febril.
E eu não tenho antídoto pra tua cólera.
Mas a verdade é que somos chave e fechadura.
Por mais que tu não sejas a fechadura da qual minha chave pertença.
Somos opostos que se atraem.
Quanto mais eu fujo, mais tu me queres por perto.
Quanto mais tu me cuidas, mais quero ser desvelada.
Mas uma não existe sem a outra. E se fosse diferente, ainda assim daríamos nosso jeito de salgar-nos com nossas lágrimas doloridas e nosso peito contrariado.
O que eu quero que entendas é que não deixo de te amar. E que jamais, em memento algum, vou duvidar do teu amor.
O fato é que já não caibo mais em tuas asas, e confesso que aprendi tarde demais a correr pro teu abrigo.
Mas sou feliz assim. Não penses que não.
Porque eu sei que quanto mais tu és minha mãe, mais filha tua eu sou.

2 comentários:

Fátima disse...

Certo dia em meio a lágrimas desesperadas e gritos de cólera, uma voz soou mais alto que a minha e disse: "Não me importa como tu és! Não me importa o que tu faças! Não me importa se teus cabelos são curtos demais e negros, se tua pele é tatuada e se pretendes te encheres de piercing's! Nada disso me importa! A única coisa que quero compreendas que és minha única filha e eu a amarei de qualquer modo, és minha jóia preciosa."
Desde então calo-me para ouvi-la, e não ouso contraria-la, descobri que é a única pessoa que morreria verdadeiramente por mim.

Unknown disse...

"Não caibo mais em tuas assas"
amar é justamente querer caber, não caber. É querer causar o sorriso mesmo que não se possa vê-lo.